Na última quinta-feira (12), o presidente Lula criticou a programação das TVs e os editorais dos jornais brasileiros. Em discurso realizado em Brasília durante a abertura da 2ª Conferência Nacional de Cultura (CNC), o chefe de estado aconselhou a população a ler as páginas opinativas para entender a posição política dos periódicos.
"Vocês prestem atenção, se vocês são como eu que não gostam de ler notícia ruim, vocês prestem atenção no noticiário, porque política e eleição também são cultura. Sobretudo o resultado. Prestem muita atenção daqui para frente. Leiam os editoriais dos jornais, que a gente pensa que só o dono lê. Às vezes, é bom ler para a gente ver o comportamento de alguns falsos democratas que dizem que são democratas, mas que agem querendo que o editorial deles fosse a única voz pensante no mundo", afirmou Lula.
Na ocasião, Lula também criticou a programação das TVs e as grades cinematográficas. Segundo, a repetição de filmes faz com que o público se torne íntimo dos atores e personagens.
"Possivelmente vocês não tenham dimensão da contribuição que vocês estão dando ao país ao saírem das suas cidades, ao saírem da casa de vocês e da frente da TV onde só passa enlatados.
Tem filme que passa 90 vezes. Os artistas já ficam íntimos da gente. Você liga a TV e o artista fala: 'oi, Lula'. A (primeira-dama) Marisa acha até que é parente dela", disse Lula.
Ao falar sobre o filme "Lula, o Filho do Brasil", que conta sua trajetória, o presidente ainda comparou a obra de Luiz Carlos Barreto ao filme norte-americano "Avatar". Enquanto o brasileiro custou R$ 12 milhões, o dos Estados Unidos foi orçado em mais de US$ 400 mi.
"Tem um filme que não ganhou o Oscar, mas que ganhou uma quantidade de dinheiro extraordinária, foi o filme que mais bilheteria teve e custou US$ 400 milhões para fazer: o 'Avatar'. Você imagina que os artistas devem ter comido só caviar. O coitado do Barreto para fazer o filme 'Lula, o Filho do Brasi'´ para conseguir dinheiro tinha quase que pedir desculpas. Porque a pressão era de tamanha ordem que tinha que ficar justificando que não tinha dinheiro público", disse.
Em seu discurso, a ministra da Casa Civil, Dilma Roussef - pré-candidata do PT às eleições presidenciais -criticou a postura de governos anteriores em relação à cultura e enalteceu o governo atual, segundo ela, "parceiro" do setor. A informação é do jornal O Globo.
Fonte:http://portalimprensa.uol.com.br/portal/ultimas_noticias/2010/03/12/imprensa34334.shtml
Post: Rafa Pille
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