BRASÍLIA - Das dez questões de conhecimentos gerais comuns às 27 carreiras avaliadas pelo Exame Nacional de Desempenho dos Estudantes (Enade), domingo, quatro fazem elogios a ações do governo federal . Uma delas, a número 5, menciona o impacto do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) sobre o meio ambiente. Na prova de Comunicação Social, aplicada a universitários de seis carreiras, entre elas jornalismo, a questão 19 cita diretamente o presidente Lula. A questão foi criticada por professores universitários e pelo presidente da Federação Nacional dos Jornalistas (Fenaj), Sérgio Murillo de Andrade.
O enunciado diz que Lula foi criticado pela mídia ao afirmar que a crise financeira mundial seria uma marolinha no Brasil. Mas, continua, "agora é a imprensa internacional que lembra e confirma a previsão de Lula".
- Está mais para relações públicas e propaganda do que para uma prova com o objetivo de verificar o conhecimento dos estudantes. A pergunta confirma a opinião do presidente, o que acho discutível. Não é um consenso que a crise tenha sido superada. Para quem perdeu o emprego, foi uma baita de uma crise - disse Andrade.
O professor de políticas públicas da Universidade de Brasília (UnB) Ricardo Caldas condenou a questão 19. Ele disse não ver problemas na menção a ações federais nas outras quatro perguntas, já que Lula está há quase sete anos no poder.
- Parece mais um discurso de autodefesa do Lula, quase ufanístico: o presidente tinha razão, mas somos uma democracia e temos que tolerar as críticas. É tendenciosa.
O professor de jornalismo e ética na comunicação da UnB Luiz Martins da Silva afirmou que não existe fórmula para evitar a politização de questões. Mas, para ele, é elementar que se evitem perguntas que deem margem a suspeitas de alinhamento político.
Reynaldo Fernandes, presidente do Inep, órgão responsável pelo Enade, disse que uma comissão de sete professores definiu as diretrizes das provas, mas coube à empresa Consulplan, contratada para realizar o exame, formular as questões:
- Era uma discussão (a da "marolinha") sobre o direito à crítica. - Está mais para relações públicas e propaganda do que para uma prova com o objetivo de verificar o conhecimento dos estudantes. A pergunta confirma a opinião do presidente, o que acho discutível. Não é um consenso que a crise tenha sido superada. Para quem perdeu o emprego, foi uma baita de uma crise - disse Andrade.
O professor de políticas públicas da Universidade de Brasília (UnB) Ricardo Caldas condenou a questão 19. Ele disse não ver problemas na menção a ações federais nas outras quatro perguntas, já que Lula está há quase sete anos no poder.
- Parece mais um discurso de autodefesa do Lula, quase ufanístico: o presidente tinha razão, mas somos uma democracia e temos que tolerar as críticas. É tendenciosa.
O professor de jornalismo e ética na comunicação da UnB Luiz Martins da Silva afirmou que não existe fórmula para evitar a politização de questões. Mas, para ele, é elementar que se evitem perguntas que deem margem a suspeitas de alinhamento político.
Reynaldo Fernandes, presidente do Inep, órgão responsável pelo Enade, disse que uma comissão de sete professores definiu as diretrizes das provas, mas coube à empresa Consulplan, contratada para realizar o exame, formular as questões:
- Era uma discussão (a da "marolinha") sobre o direito à crítica.
Fonte: http://oglobo.globo.com/pais/mat/2009/11/09/questoes-do-enade-elogiam-acoes-do-governo-lula-sao-criticadas-por-professores-universitarios-914680118.asp
Post: Rafa Pille
Assinar:
Postar comentários (Atom)
Nenhum comentário:
Postar um comentário